Arquivo do mês: março 2009

A ginga do doutor


       Nascido na cidade baiana de Itagi, João Grande hoje é doutor honoris causa pela Universidade de Upsala, New Jersey. Está à frente do Capoeira Angola Center of Mestre João Grande. Ao que parece, nem pensa mais em voltar. Quem entende inglês, futuque aí:

http://www.joaogrande.org/mestre.htm.

Tem até mapinha de Angola explicando a origem da capoeira.

CORTA.

                                                                       Meninos jogam capoeira em Luanda

 

Vi, certa vez, na areia da praia, na ilha de Luanda, em Angola, meninos mangolês repetindo movimentos de capoeira. Antes, ouvira de uma professora de Educação Física, no Ginásio Konceito, em Angola, que a capoeira era brasileira.

Que é do Brasil, eu sei. Foi criada por aqui pelos irmãos africanos, provavelmente de origem banto, que vieram como escravos na época colonial.

Com certeza o que pouca gente em Angola sabe é que esta ginga transformadora foi instrumento de resistência dos negros no Brasil.

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Salve, mestre João Grande


 

Mestre João Grande

Mestre João Grande

Tive o privilégio de ser aluna de um discípulo de Pastinha, Mestre João Grande. Foram três meses de aprendizado pra a vida toda.

Eu era estudante de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e estagiária no Liceu de Artes e Ofícios da Bahia, então mantido pela Fundação Emílio Odebrecht.

Fizemos, na Oficina de Comunicação, um jornalzinho sobre a dança luta importada pelos escravos para o Brasil.

Depois, vieram as aulas grátis de capoeira com o mestre, tudo bancado pelo Liceu. Lembro que as turmas de Regional eram cheias, com Nenel, filho de Bimba, o criador da Regional*. No grupo de alunos de João Grande, tinha meia dúzia de gatos pingados, como dizemos aqui, no Brasil.

Um dia, o grande mestre, que já passou dos 80 anos, conseguiu uma oportunidade de ouro nos Estados Unidos. Faz tempo, vive lá. Cansou da vida dura na Bahia…

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Velhos capoeiristas


Reparem na delicadeza do depoimento destes dois grandes mestres da capoeira, Boca Rica e Bigodinho. Ajuda a entender um pouco do que representa a herança africana na cultura brasileira:

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O pai da Capoeira Angola


“Angola, capoeira mãe. Mandinga de escravo em ânsia de liberdade”

(Mestre Pastinha)

Vicente Joaquim Ferreira Pastinha  nasceu em Salvador-Bahia, em 1889, cerca de um ano depois da abolição da escravatura no Brasil. Aprendeu capoeira com um africano.

Morreu cego e pobre, em 1981, após ensinar a arte para centenas de pessoas na escola que funcionava no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, primeira capital do Brasil. Abaixo, valapena conferir relatos de Pastinha, precursor da capoeira chamada de Angola no Brasil:


 http://www.youtube.com/watch?v=zhJAOnu5YXw&feature=related

 Cânticos e ladainhas na voz do mestre:

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Enterro em Angola: pesar ou comemoração?


Os ritos de passagem relacionados à morte assumem contornos diversos conforme a cultura de cada lugar. Na África lusitana, em especial em Angola, há um jeito muito próprio de reverenciar a memória do morto.

Quem chega a Luanda poderá ficar impressionado com o burburinho nas casas das famílias que perderam um ente querido. Ali, para velar o morto e demonstrar apoio à família enlutada, os angolanos  entoam cânticos, tomam cerveja e vinhos, comem petiscos e iguarias típicas da culinária local.

Nas ruas, o cortejo até o cemitério é integrado por mulheres vestidas com os panos africanos que acompanham com música e, às vezes, danças a hora do sepultamento de quem se foi.

Neste vídeo, há um pouco deste costume, estranho aos brasileiros, mas bastante comum em território angolano. Vejam aí:

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Angolano é baleado em São Paulo


O empresário angolano Francisco Domingos Antonio foi baleado durante assalto em São Paulo, no Brasil. Ele foi atingido no tórax quando fazia compras em uma loja na capital paulista. O comerciante levava R$ 5 mil numa bolsa e estava acompanhado da irmã, que presenciou o incidente.

Antonio foi atendido no pronto-socorro em Tatuapé mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital. O angolano, que era natural de Luanda, era casado com uma brasileira e tinha uma filha de 5 anos.

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Odebrecht investe mais


Emilio Odebrecht cumprimenta presidente angolano. Foto: Angop

Emilio Odebrecht cumprimenta presidente angolano. Foto: Angop

O empresário Emílio Odebrecht está em Luanda. Foi até lá anunciar um programa de investimentos para Angola no valor de cerca de US$ 1 bilhão em diversas áreas. E virou matéria de primeira página no Jornal de Angola, diário da imprensa estatal do país.

A Construtora Odebrecht, da qual Emílio é proprietário, é uma das empresas brasileiras que mais empregam no país. São 30 mil funcionários, 90% angolanos. Atualmente, a empresa mantêm 2.900 brasileiros no território angolano. Se os investimentos aumentam, certamente haverá mais oportunidade por lá.

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Cinema em Luanda


Ciclo de cinema

Ciclo de cinema

Quem curte cinema e vive em Luanda não pode perder. Termina dia 30 o Ciclo de Cinema Russo (Best of Russian Fairy Tales), no Instituto Camões- Centro Cultural Português. As sessões começam às 18h30. Trata-se de uma promoção conjunta do instituto e da Embaixada da Federação da Rússia em Angola. O filme Varvara Bonita, Cabelo Comprido (1969), de Alexandre Row, marcou a abertura do evento no início da semana. 

O espaço tem boa climatização e, em geral, as exibições têm entrada franca. No ano passado, estive lá, para conferir um ciclo de cinema lusófono. Recomendo!

Quem tiver interesse, o instituto fica na Av. de Portugal, Nº 50. Na dúvida, os telefones de lá são 222 330243 / 222 390545.

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Interlocução indecisa


Chega papa, sai papa, e nada da blogueira aqui encontrar a forma ideal de interlocução neste blog. O certo é que o meu olhar ocidental anseia por discutir realidades diversas de África. E tentar entender o que em mim há de tão africano que me aproxima deste continente. Até amanhã, com novos posts, jornalísticos ou não. Sobre o que me fascina na terra-mãe de tanta gente neste Brasil.

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Sexo seguro


Atualmente, há 22 milhões de portadores do vírus da Aids (Sida) na África Subsaariana. Em alguns países do continente, a doença atinge 40% da população.

Daí a polêmica gerada pelas declarações de Bento XVI sobre a condenação ao uso da camisinha, durante a visita Camarões e Angola, encerrada hoje.

Para medir a opinião dos internautas visitantes deste blog, católicos ou não, a respeito do assunto elaboramos a enquete abaixo.

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